domingo, 18 de setembro de 2011

Palavras do Fundador

100 Anos de Paixão Pelo Rubro-Anil

Ontém o Bonsucesso fez um grande feito em não perder no Raulino de Oliveira. Além de se manter vivo na competição com chances concretas de passar para a outra fase, a equipe da Teixeira de Castro não manchou com derrota um dia tão especial para minha família. No dia de ontém se meu avô estivesse vivo estaria assoprando 100 velas. Rubro-Anil de primeira categoria deve ter ajudado o seu time de alguma forma, pois no ano de seu centenário, o Bonsucesso é campeão da série B e retorna à primeira divisão.

E o dia foi tão especial que Túlio marcou seu primeiro gol na Copa Rio de "bicicleta", parecendo estar presenteando o meu avô com um lindo lance.

A minha homenagem ao meu avô centenário foi publicada na sexta-feira na coluna "Resgatando a História" do Blog Fanáticos Pelo Cesso e reproduzo hoje na Folha Rubro-Anil. Boa leitura.
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No dia 17 de setembro de 1911, nascia mais um menino em Bonsucesso. Esse mesmo menino cresceria nas ruas do subúrbio carioca exibindo em seu peito o escudo que amaria eternamente. Esse menino foi o meu avô materno, Benjamim Joaquim Ferreira, que ao ver o time rubro-anil desfilando seu talento nos campos suburbanos, orgulhou-se em escolher o Bonsucesso Futebol Clube como seu clube de coração. Amanhã, se vivo fosse, meu avô estaria completando 100 anos. Os domingos eram uma festa para o coração rubro-anil de meu avô. Deixava minha avó doida com sua pressão para o almoço sair mais cedo e ele partir feliz, levando minha mãe toda arrumadinha, para passar o resto do domingo ao lado de seus amigos de arquibancada e curtir os jogos do juvenil, 2º e 3º quadros, aspirante e o time principal.  Ajudou seu clube de coração de acordo com as suas possibilidades, doando aterros e materiais de construção em seu caminhão para o novo estádio da Av. Teixeira de Castro. E que orgulho ele tinha ao comentar seus feitos para ajudar o Bonsucesso. Guardou uma jóia rara por toda a vida: um cinzeiro de porcelana de  1957 com o escudo do clube dado pelo meu pai.

 
 Em 1961, aos 50 anos, foi vítima de um violento derrame cerebral (hoje chamado de AVC), impedindo a freqüência assídua por muito tempo. Mas não deixou de ouvir o seu clube nas transmissões esportivas pelo rádio. Gostava do locutor Orlando Batista em razão deste, segundo ele, gostar do Bonsucesso.





Capa da carteira exposta acima.




Sua vida terrena teve fim no ano do segundo rebaixamento do Bonsucesso, em 1985. E por uma coincidência do destino seu clube volta à primeira divisão no centenário de seu nascimento.
De onde estiver e se ainda responde por Benjamim, espero que receba os mais sinceros votos de um Feliz Aniversário saudoso de sua filha, Dª Marlene e de seu neto, George Joaquim.




Capa da Carteira dos anos 30. Bonsucesso com
"M" e dois "c".


Abração a todos.

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