quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Há Oito Anos, o Luto do Bonsucesso.

A Arte da "Bicicleta".

Há oito anos falecia um dos maiores jogadores brasileiros, Leônidas da Silva. O mito “Diamante Negro” nos deixou no dia 24 de janeiro de 2004 aos 90 anos, vítima de Mal de Alzheimer, em uma casa para tratamento de idosos em São Paulo.

Trechos do livro “A Magia da Camisa 10” de André Ribeiro e Vladir Lemos, relata a importância que foi Leônidas para o futebol brasileiro:

[No Mundial de 1938, Leônidas, além de artilheiro da competição com oito gols foi eleito o melhor jogador da Copa. Jamais os europeus haviam visto algo igual. A agilidade do craque brasileiro deixou a todos perplexos, tanto que os jornalistas franceses decidiram apelidá-lo Homem-Borracha pela elasticidade e movimentos acrobáticos com que executava suas jogadas. A mais famosa dela, a bicicleta, virou sua marca registrada. Desafiando as leis da física, Leônidas ficava suspenso no ar, de cabeça para baixo, e, como se pedalasse, desferia chutes precisos contra o gol adversário. Cansou de fazer gols assim.
A genialidade do craque Leônidas transformou-o em um mito no Brasil, especialmente nas décadas de 1930 e 1940. Seu prestígio chegou a ser comparado ao de dois fenômenos de popularidade: o presidente da República, Getúlio Vargas, e o cantor Orlando Silva, conhecido como o Cantor das Multidões.

Trio de Craques: Leônidas, Friedenreich e Pelé.
A partir de 1932, Leônidas virou sinônimo de notícia, nunca mais saiu das manchetes da primeira página. Era a primeira vez que vestia a camisa da seleção brasileira - um feito sem precedentes, já que o Bonsucesso, clube que o revelara, era considerado apenas um pequeno time do subúrbio carioca. Pela primeira vez, também, a maior autoridade da política esportiva de um país desafiava o prestígio e a fama de um jogador de futebol. Renato Pacheco, presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), não queria que Leônidas embarcasse para enfrentar o Uruguai pela Copa Rio Branco de 1932. Temia que Leônidas e outros jogadores negros da seleção dessem algum vexame em terras estrangeiras. Graças ao técnico da seleção brasileira, Luís Vinhaes, o preconceito foi derrotado. A frase dita pelo treinador ao presidente da CBD demonstrava a importância e a magia que Leônidas representava: "Sem Leônidas, ninguém sai do Brasil".]


Leônidas, apesar de jogar só por dois anos no Bonsucesso (1931/1932), está imortalizado na memória do futebol Rubro-Anil e Carioca. O estádio da Teixeira de Castro recebeu o seu nome: Estádio Leônidas da Silva.
Fonte: Blog W.O. Esporte Clube

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